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A Restauração Espiritual de Davi - Comentarista: Pr. Jsaphat Batista

A Restauração Espiritual de Davi - Comentarista: Pr. Jsaphat BatistaPostado por Markos Criações On 20:05 IGREJA EVANGÉLICA ASSEMBLEIA DE DEUS / PRESIDENTE – Pastor Valdomiro Pereira da Silva
AVENIDA Radial “A” Nº 413 - Centro / PORTAL DA Escola Bíblica Dominical / COORDENAÇÃO - Josaphat Batista e Samuel Queirós / http://www.ebdcamacari.com/ / Comentado por Pr. Josaphat Batista



INTRODUÇÃO

Embora os pecados de Davi tivessem sido praticados em segredo e supostamente sem poder, eles se levantariam de seu lugar oculto e marchariam em público para desgraça de Davi. E também trariam com eles todos aqueles acontecimentos miseráveis que Natã havia predito.
Há um sentido no qual todos os pecados humanos estão em lugares elevados. Deus fez o homem por um pouco, menor do que os Anjos, de glória e de honra o coroaste (Sl 8:5). O homem está infinitamente acima dos animais e, quando peca, inevitavelmente viola a imagem de Deus que há dentro dele... “Não sabeis que sois santuário de Deus, e que o Espírito de Deus habita em vós?” (I Co 6:16). Ser alguém humano, e não apenas um animal irracional, já é elevada coisa. Não desista da sua humanidade em prol da satisfação de instintos animais que revertem o propósito de Deus no homem. Quando o castigo é grande é porque o pecado também é grande.

I – O DUPLO PECADO DE DAVI

1- Adultério e assassínio

Uma vez que Davi se colocou no lugar errado, ele foi tentado. Ele viu Bate-Seba, uma mulher bonita, tomando banho (2 Samuel 11:2). Neste momento, ele deveria ter virado os olhos para outra coisa, procurando não pensar mais na imagem do corpo da mulher de outro. Nós não devemos hospedar pensamentos maus, porque levam às conseqüências graves (Jeremias 4:14; 6:19). O domínio próprio, uma das características fundamentais do servo de Deus, inclui a disciplina para controlar nossos próprios pensamentos (Gálatas 5:22-23; 2 Pedro 1:6; Filipenses 4:8-9; 2 Coríntios 10:4-6). É bom lembrar que um passarinho pode passar por cima da nossa cabeça, mas não temos que o convidar a fazer ninho em nossos cabelos. Devemos respeitar as advertências sobre o pecado. Davi ignorou, pelo menos, três advertências contra seu pecado, antes de ter relações com Bate-Seba. Primeiro, como conhecedor da palavra de Deus, ele sabia que sua cobiça e o ato de adultério são pecados contra Deus. Mesmo entre dois solteiros, tais relações são erradas. Segundo, ele já era casado, e o compromisso de casamento deveria ter sido mais um impedimento. Quantos homens têm evitado o pecado de adultério por causa de uma aliança ou fotografia da esposa, os lembrando do compromisso matrimonial na hora de tentação? Terceiro, ele sabia, antes de a convidar para casa, que Bate-Seba era mulher casada (2 Samuel 11:3). Nós devemos sempre respeitar as advertências sobre o pecado e suas conseqüências, antes de cometê-lo. Não devemos procurar circunstâncias que facilitam o pecado. Davi estava no lugar errado e pensou nas coisas erradas. Cada passo o levou mais perto do relacionamento pecaminoso que ia piorar a vida dele e de outras pessoas.
Davi havia quebrado duas provisões principais da lei mosaica: adultério e assassínio, e isso era punível mediante execução capital. Como Rei ele escaparia da intervenção direta de Yahweh, contra quem, em última análise, ele havia pecado.

Davi havia anulado a sua dignidade humana e, durante algum tempo, vendara os olhos para o elevado privilégio e para o destino reservado aos homens. A dignidade humana não uma palavra vã. Quando um homem está convencido disso, e nem tenta atingir a condição de sua dignidade, ele se rebaixa ao nível dos animais ferozes (Lecomte Du Nouy, em seu tratado intitulado Human Destiny).
Davi exercera as prerrogativas de reis pagãs e esquecera que ser Rei de Israel era algo diferente. Ademais, ele havia assaltado a soberania de Deus. 1. Na qualidade de filho de Deus, ele fora desobediente. Não demonstrava amor pelo pai. Rebelara-se contra as demandas corretas de seu pai.

2. Ele era um escolhido da vontade de Deus, mas agira contra o seu alto chamamento e esquecera seus privilégios especiais.

3. Ele se mostrava violento em sua conduta para com terceiros, cometendo crimes hediondos contra seu irmão e sua irmã da fé Hebraica.

Ele havia desconsiderado os cuidados que Deus tem por outras pessoas, e se tornara o centro de toda a sua atenção. Nisso ele violara a lei do amor AP próximo. Portanto, ele quebrou a própria intenção da lei: o amor a Deus e ao homem (Rm 13:8). Diariamente, a maioria de nós faz a mesma coisa, embora não envolva males tão óbvios, profundos e malignos. Contudo, diariamente, violamos o espírito tencionado a lei, por falta de amor.

O adultério poderia ter causado a execução capital de Davi (Lv 20:10), e igual seria o julgamento do homicídio (Lv 24:17). Mas houve a intervenção misericordiosa e amorosa de Deus. A idéia inteira do Evangelho é a intervenção Divina na vida humana. Isso reflete o Teísmo, em vem do Deísmo. Deus cria, é imanente na sua criação, guia, pune e recompensa, e não abandonando a sua criação conforme ensina o deísmo. Muitos eruditos supõem que, após a entrevista com Natã, Davi compôs o famoso Salmo 51, o salmo de arrependimento e de perdão; “os pecados de Davi foram hediondos, mas a graça Divina foi mais que suficiente para perdoá-lo e restaurá-lo (Eugene H. Merril, in loc.).
Adaptado do: “o Antigo Testamento interpretado versículo por versículo”. Autor R. N. Champlin. Ph. D.
Obser: Perdão e vida nova. O perdão Divino foi estendido a Davi e isso o manteve vivo. Ele poderia retomar sua vida e trabalhar na direção de seu destino. Contudo, seus pecados haveriam de caçá-lo até o fim, trazendo uma amarga colheita.
“As misericórdias do Senhor são a causa de não sermos consumidos, porque as suas misericórdias não tem fim” (Lm 3:22).

II – UM PECADOR ARREPENDIDO

Repreendido por Natã devido ao gravíssimo pecado, Davi não se fez de inocente. De imediato, confessou: “pequei contra o Senhor” (II Sm 12:13).

1- A súplica

No Salmo 51, Davi começa por suplicar a Deus por misericórdia. Interessante é, que ele não procura desculpa para justificar o seu ato como muitos o fazem e até chegam a apontar para outro sendo ele mesmo o autor do erro. Vale a pena ressaltarmos aqui que o Rei Davi antes de tudo roga a Deus que lhe apague as transgressões, segundo a benignidade e a misericórdia Divina. Observamos no salmo 23, que Davi anela tanto a misericórdia e a bondade Divina que, que as mesmas lhe sigam todos os dias da sua vida. Ele ainda implora que o Senhor lhe lave da terrível iniqüidade e o purifique do horrendo pecado (Sl 51:2).

2- A confissão.

Cheio de amargura e constrangido pelo seu erro, Davi confessa reconhecer as suas transgressões, pois agora o seu pecado estaria continuadamente diante de si. Veja o que Ele diz: “contra ti, contra ti somente pequei, e fiz o que aos teus olhos é mau” (Sl 51:4). Na verdade quando alguém peca, peca contra Deus e a Bíblia é bem clara e enfática quando diz que “Deus não tem o culpado por inocente (Na 1:3).

3- O clamor pela restauração.

É certo que Davi não conhecia o poder purificador do sangue de Jesus. Mas sabia que, quando alguém era considerado imundo, por ter tocado num cadáver (Nm 19:6) ou num leproso (Lv 4:4), precisava, de acordo com a lei, passar pela cerimônia de purificação, na qual o Sacerdote tomava um molho de hissopo, molhava-o na “água da separação”, e a espargia sobre o transgressor. Assim, Davi considerava-se tão imundo, que precisava passar por esse processo. Hoje, na nova aliança, “o sangue da aspersão (Hb 12:24), ou seja: o sangue de Cristo, purifica as nossas consciências das obras mortas (Hb 9:14) e de todo o pecado (I Jo 1:7).

4- A purificação interior.

“Cria em mim, ó Deus, um coração puro” (Sl 51:101). Davi anelava por uma purificação interior e por um espírito reto. Somente aquele que reconhece o seu pecado é que consegue sentir a sujeira deste na alma. Por isso, Davi arrepende-se de suas transgressões e a confessa. Sim, o verdadeiro arrependimento faz com que aborreçamos o pecado.

5- O anelo pela presença de Deus.

“Não me lances fora da tua presença...” (Sl 51:11). Com certeza Davi sentia a falta da presença de Deus, porém ele sabia que um coração quebrantado, Deus estaria perto dele. Por esta causa Ele clamava: “Não retires de mim o teu Espírito Santo”. Sendo assim, fica certo que sem a presença viva e majestosa do Espírito Santo, deixamos de ser espirituais, e passamos à condição de meras criaturas.


6- A alegria da salvação.

“Torna a dar-me a alegria da salvação...” (Sl 51:12). Como Davi havia perdido a alegria da salvação, agora clama ao Senhor para que lhe restitua a bênção perdida. Quando o homem se encontra em situação como essa do rei Davi, não existe outro caminho a não ser buscar em Deus a restauração ou então as conseqüências serão avassaladoras.

Foi o próprio Davi que disse: Enquanto eu calei os meus pecados, envelheceram os meus ossos, pelos meus constantes gemidos todo o dia, porque a tua mão dia e noite pesava sobre mim. Se você, sendo filho de Deus, entristecer o Espírito Santo, a sua comunhão com Deus Pai e com o Seu bendito Filho ficará, como consequência, logo interrompida; e enquanto você, arrependido, não reconhecer e confessar o seu pecado a Deus, aquela comunhão e aquele gozo não lhe serão restaurados.

III – O COMPROMISSO DIANTE DO PERDÃO

Deus não trata conosco da mesma maneira que os homens finitos tratam uns aos outros. Os pensamentos do Pai Celestial são de misericórdia, amor e terna compaixão. Em Isaías 55:7, temos o convite: “Deixe o ímpio o seu caminho, e o homem mau os seus pensamentos, e se converta ao Senhor, que se compadecerá dele; torne para o vosso Deus, porque grandioso é em perdoar.” Que promessa maravilhosa! Deus é grandioso em perdoar!
Satanás está pronto para tirar de nós toda centelha de esperança e todo raio de luz. Mas não devemos consentir com as insinuações do inimigo do bem. Não devemos dar ouvidos ao tentador e sim lembrarmos que Jesus morreu para que pudéssemos viver. Deus desfaz nossas transgressões como a névoa os pecados, como a neblina (Isaías 44:22). Sim, temos um Pai compassivo que está ansioso para nos perdoar. A parábola do filho pródigo, registrada em Lucas, capítulo 15 confirma essa verdade. Mesmo possuindo riquezas e conforto, o filho mais jovem pediu ao pai sua parte da herança e saiu em busca de prazeres numa terra distante. Tendo gastado toda a sua fortuna foi abandonado pelos próprios amigos na mais completa miséria. E enquanto cuidava de porcos se alimentava da comida deles e lembrava de quantos empregados na casa do pai estavam em melhores condições. Então decidiu o que haveria de dizer ao pai e tendo se levando partiu em direção à casa paterna. No verso 20 está a atitude do pai para com o filho pródigo. “E quando ainda estava longe, seu pai o viu, e movido de íntima compaixão, correndo lançou-lhe ao pescoço e o beijou.” É assim que Deus promete tratar a todos nós que nos extraviamos nos caminhos do pecado.

Em Jeremias 31:3 temos outra declaração maravilhosa: “Com amor eterno te amei, com bondade te atrai.” Amigo ouvinte, cada desejo de voltar para Deus não é senão a atuação do Espírito Santo, atraindo o perdido para o amante coração paterno.

O filho pródigo caiu aos pés do pai e reconheceu ser indigno de ser tratado como filho. Pede para ser recebido como empregado. Mas o pai não só perdoa, purifica e também ordena que a condição do filho seja transformada. Vestes, anel e uma grande festa marcam o retorno ao lar. E é assim que Deus quer fazer conosco. Ao aceitarmos Seu convite e nos aproximarmos dEle como somos e estamos, o infinito amor do Pai nos oferece o perdão, purifica e nos transforma. Além de ser nosso advogado (I João 2:1) Jesus também promete jamais se lembrar de nossos pecados (Salmo 103:12). Não esqueça disso. Deus quer jogar todo o teu pecado nas profundezas do mar (Miquéias 7:19) e oferecer uma vida renovada pelo Seu amor e pelo Seu poder.
Após sentir-se perdoado. Davi promete a Deus fazer algo que ficara impedido de realizar por causa de sua transgressão. Vejamos:

1- Ensinar aos transgressores (Sl 51:13).

“Então, ensinarei aos transgressores os teus caminhos.” Tendo experimentado o que é transgredir a lei Divina, o salmista assume o compromisso de levar os transgressores a aprender os caminhos do Senhor, e a se converterem de seus pecados.

2- Um parêntese de temor (Sl 51:14).

Atingido pelo medo de voltar a pecar, Davi abre um parêntese na sua oração, e pede a Deus que o livre dos crimes de sangue, De certo, a morte de Urias continuava a ferir-lhe a consciência.

3- Louvor a Deus (Sl 51:15).

Agora Davi em continuidade da sua petição faz, mas outro pedido de arrependimento a Deus que é; “que o Senhor lhe abrisse os seus lábios para que a sua boca pudesse entoar louvores.


CONCLUSÃO

Todos os homens são pecadores (Rm.3:23). Uma das maiores demonstrações de que a Bíblia é a Palavra de Deus está na sua imparcialidade, imparcialidade que está ausente de qualquer livro escrito pelos homens. Deus na faz acepção de pessoas (Dt.10:17; At.10:34), de modo que mesmo os grandes heróis da fé, e Davi é um deles (Hb.11:32), são apresentados como seres humanos e, portanto, como pessoas que, ao longo de suas vidas, pecaram e sofreram as conseqüências de seus erros diante de Deus.

Davi não é exceção. Embora a Bíblia o apresente como o grande rei de Israel, o construtor do apogeu da história israelita, o grande guerreiro, o escolhido para fundar a dinastia de onde proviria o Messias, o mavioso salmista de Israel, não esconde as suas falhas, os seus vergonhosos erros. Além do compromisso com a verdade, até porque a Palavra de Deus é a verdade (Jo.17:17) e a revelação de um Deus que é a Verdade (Jr.10:10), a narrativa das falhas e erros dos grandes homens e mulheres de Deus são, também, uma lição para os salvos, contra-exemplos, ou seja, ao vermos os erros destas personagens, aprendemos como não devemos fazer, para que não se repitam as drásticas conseqüências constantes da narrativa bíblica. (Colaboração do Ilustre Professor Dr. Caramuru Afonso falando sobre: Davi, um homem segundo o coração de Deus).
Podemos perceber que, quando um servo de Deus cai, principalmente em se tratando de um líder, o diabo e seus demônios se alegram. Entretanto, quando o filho de Deus se se arrepende sinceramente, o Senhor estende sobre ele o manto do perdão. Há alegria céu (Lc 15:7).

Bibliografia

Fontes Teológicas
Apontamentos do autor
Bíblia de Estudo “Plenitude” (ARC)
Colaboração do Ev. Dr. Caramuru Afonso
Adaptação da lição 07 da E.B.D do trimestre 3º trimestre 2007
Adaptação do livro “Cem sermões” do Pr. Josaphat Batista (2002)
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Eleições 2009 - CONSELHO FISCAL - CEADEB

Espelhando-me na vida exemplar de homens de Deus que tiveram sua participação no crescimento Majestoso da nossa CEADEB, tanto nos tempos remotos como agora na nossa contemporaneidade, é que venho colocar o meu nome a apreciação dos nobres Pastores, companheiros, amigos e acima de tudo servos do Deus Altíssimo para esse honroso e digno cargo que é O CONSELHO FISCAL DA NOSSA INSTITUIÇÃO. Entendemos que todos os membros que atuaram nesse conselho e também aqueles que agora executam essa função, contribuíram de forma honrosa para a história da nossa querida convenção que de forma radiosa vem seguindo rumo as suas finalidades. Portanto, a razão enfática da minha candidatura se constitui simplesmente na vontade, desejo, vocação de continuar servindo na obra do MESTRE, que para nós se caracteriza no senso de oportunidade que Deus disponibiliza para aqueles que com sinceridade pleiteiam a sua causa. Oportunidade essa, que pelo franco direito até mesmo democrático, está assegurado na decisão de cada um dos nobres companheiros que sempre fazem suas escolhas baseadas na ótica Divina e não meramente humana. Resta-nos dizer que a nossa pura intenção é cumprir todos os requisitos estabelecidos no nosso estatuto que por sua vez rege sabiamente esse conselho no seu referido capítulo, artigo e parágrafo, “... e as demais coisas vos serão acrescentadas”, (Mt 6:33 parte b. ARC).

Queridos Pastores, Homens de Deus, é com essas singelas palavras que venho através das mesmas pedir, solicitar, as vossas orações em nosso favor e o tão esperado VOTO de confiança, dignidade, honradez para essa seleta função de servir e não ser servido. Desde já, sou grato a Deus pelo seu VOTO de confiança para com a nossa pessoa, quando o nosso imenso desejo é que toda a sorte de bênção esteja continuadamente sobre a vossa vida, família,ministério e Igreja.
Um abraço!


Josafá Batista SoaresCasado com a cantora Flaildes Gomes, pai de três filhos, Jefferson Nattã, Jessica Lôrrany e Jaminny Larissa.Pastor credenciado CEADEB 5.651 - CGADB 28.509, 1º vice - Presidente da Assembléia de Deus em Camaçari - Bahia. Bacharel em Teologia convalidado pelo MEC, Pós - Graduando Docência do Ensino Superior, Professor de Teologia pela ESTEADEC, Relator do Conselho de Ética do COMEC (Conselho de Ministros Evangélicos de Camaçari).Conferencista, Seminarista, Escritor, Comentarista das lições bíblicas dominicais do portal http://www.ebdcamacari.com/, Coordenador Geral da E.B.D do campo de Camaçari, cursando Gestão Financeira, e com experiência prática em tesouraria.

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Finanças: Desafios para a liderança

Finanças: Desafios para a liderança
Por Paulo de Tarso
Falar das dificuldades financeiras pelas quais tem passado as pessoas, famílias e instituições é quase que cair no lugar comum. Já não necessitamos de muitos argumentos e estatísticas para nos convencermos desta realidade. É bem possível que nossas dificuldades na gestão dos nossos recursos financeiros, como também da organização que lideramos, seja a realidade mais palpável dos entraves cotidianos que nos distanciam de um ideal extremamente desejado: sucesso na administração do dinheiro. Por isso quero compartilhar de pelo menos três desafios para a liderança atual no que diz respeito à administração financeira.
1º Desafio: Administração das finanças pessoal ou familiarDentre as incumbências do líder, uma das mais importantes é ser exemplo daquilo que ensina ou prega. Portanto, o líder necessita administrar suas finanças de uma maneira consistente com as diretrizes bíblicas sobre o assunto. A Bíblia, embora não de forma sistemática, aborda o assunto dinheiro e posses materiais em diversas de suas narrativas. O próprio Jesus lança, em diversas oportunidades, luzes para uma compreensão do papel que o dinheiro deve ocupar no dia a dia das pessoas. Na parábola do administrador astuto, Jesus faz a seguinte colocação: “Assim, se vocês não forem dignos de confiança em lidar com as riquezas deste mundo ímpio, quem lhes confiará as verdadeiras riquezas?” (Lc 16.11). Aqui, Jesus declara que se não formos dignos de confiança em administrar fielmente as riquezas materiais, não estaremos habilitados a ascender à posição superior de cuidarmos das riquezas espirituais. Embora Jesus não esteja afirmando que as riquezas materiais sejam ruins em si mesmas, pois toda a criação material é boa (Gn 1.31), sua colocação parece deixar relativamente claro que há uma hierarquia superior em relação aos bens espirituais, que só poderão ser colocados sob nossa administração, caso sejamos bem sucedidos no gerenciamento das posses materiais.
2º Desafio: Administração das finanças da organizaçãoVencido o primeiro desafio, os que estão liderando as organizações, necessitam aplicar também a elas os princípios bíblicos de administração financeira. Na verdade, a administração se dá de forma concomitante com a pessoal e familiar. No âmbito organizacional, o líder poderá contar com pessoas com formação técnica e perfil pessoal que o ajude a levar a cabo o objetivo de ter em ordem as finanças da igreja ou demais organizações. Todavia, este fato não o isenta de conhecer e fazer valer as diretrizes da Bíblia sobre como lidar com o dinheiro de uma forma muito mais ampla. É fato que, em geral, a igreja tem se concentrado na área do dar, por isso o líder terá que ampliar seus conhecimentos e outros princípios igualmente importantes tais como economizar, investir, livrar-se de dívidas e gastar sabiamente. Em minha experiência pessoal, constato que o binômio fé x planejamento ainda é um entrave para boa parte da liderança evangélica. Portanto harmonizar fé com planejamento financeiro é fundamental para os pastores e líderes atuais.
3º Desafio: Administração das finanças dos lideradosAs mesmas dificuldades que os líderes enfrentam na administração pessoal e familiar e nas instituições que lideram, é enfrentada pelos seus liderados tanto ambiente familiar e igualmente nas empresas ou organizações que supervisionam. Este fato deveria sensibilizar a liderança das igrejas e organizações para contemplar no seu sistema de ensino, o aprendizado bíblico financeiro. É penoso constatar que o ensino de finanças não faz parte da grade curricular de nossa escolas. Assim a igreja poderia abençoar seus membros num área tão essencial, ao mesmo tempo que cumpriria as palavras de Jesus: “ensinando-os a obedecer a tudo o que eu lhes ordenei.” (Mt 28.20). A utilização de um orçamento, por exemplo, deveria ser uma ferramenta básica de todas as pessoas, famílias e organizações. No entanto, constatamos com preocupação que esta realidade ainda está distante do nosso dia a dia. O líder deve ser sensível em ajudar seu liderado a lidar com o dinheiro, um dos maiores rivais pelo senhorio de Cristo em sua vida. “Vocês não podem servir a Deus e ao dinheiro” (Mt 5.24)
Concluindo
Não necessitamos de grandes esforços para convencer os líderes das dificuldades financeiras que o alcançam. Por esta razão, ele é desafiado a investir em pelos menos três áreas do conhecimento financeiro segundo a Bíblia: no âmbito pessoal e familiar, da igreja ou organização que lidera e da vida de seus liderados. A boa notícia é que, a Bíblia tem orientações suficientes para que alcancemos o equilíbrio financeiro nas três áreas que desafiam nossa liderança. Através de um sistema apropriado e prático, poderá trazer nossas finanças a uma plena realização dos propósitos
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Economizar - O elo perdido

Economizar - O elo perdido
Por Paulo de Tarso
Para aqueles que, como eu, estão na meia idade, não é difícil constatar que a prática de economizar era algo que fazia parte da geração dos nossos avós e até mesmo dos nossos pais. Quaisquer que fossem as quantias, a formação de reservas se constituía num caminho apropriado para se conseguir comprar bens necessários, assim como os desejados. De forma paulatina o sistema de crédito foi roubando nossa vitalidade financeira e o economizar tornou-se o elo perdido na construção de uma base sólida para a administração do dinheiro.
José, um exemplo a ser seguido.
Gosto de lembrar de José, filho de Jacó, utilizando a expressão “O Fator Zafenate-Panéia”. Para os que têm familiaridade com as narrativas bíblicas, José é um personagem bem conhecido. No entanto, no meu entender, José é um “case” de completo sucesso que vale a pena estudarmos profundamente. [1] O nome Zafenate-Panéia foi-lhe dado pelo faraó na ocasião em que José interpretou dois sonhos chaves que intrigavam o faraó e toda a sua corte. Segundo a interpretação dada por Deus a José, haveria sete anos de fartura no Egito, seguidos por outros sete anos de fome rigorosa. Deus, através do faraó, elevou José à posição de Primeiro Ministro do Egito, e responsável pelo plano de sustentação econômica pelos anos que se seguiriam. Durante os sete primeiros anos a terra produziu com muita fartura. José colocou em prática o plano de economizar vinte por cento de toda a produção egípcia, que segundo ele, serviria de reserva para que o Egito não fosse arrasado pelos anos vindouros de fome gravíssima.
Tempos de fartura e fome – um fenômeno que se repete
Embora o evento acima citado tenha sido único, pelo menos até onde conhecemos, o fato é que períodos de fartura e escassez acontecem com certa regularidade na vida de cada um de nós. Já conversei com várias pessoas que viveram períodos de mesa farta e muito dinheiro girando em sua conta corrente mas que agora passam por dificuldades financeiras que jamais poderiam imaginar viessem a ser uma realidade em suas vidas. Às vezes fico matutando porque os egípcios não colocaram em prática um plano semelhante ao de José, sendo assim, não teriam que perder tudo quanto possuíam quando vieram os tempos de fome. Será que não sabiam o que aconteceria com a terra, ou não foram diligentes em economizar para o futuro? Bom, não podemos mudar a história dos egípcios, mas certamente podemos aprender com José que necessidades futuras são supridas com decisões presentes.
Formando reservas
O ser humano é um ser complexo. Foi assim que Deus nos criou, por isso nem sempre é simples diagnosticar por que agimos desta ou daquela maneira. No entanto, na minha experiência, vejo que algumas coisas contribuem para nossa incapacidade de economizar: Falta de objetivos, indisciplina e crédito fácil. Um pouco antes de minha primeira filha completar nove anos, começamos a dar a ela uma mesada, e elaboramos seu primeiro orçamento, bem simplificado, que envolvia as áreas do dar, economizar e gastar, com valores financeiros estipulados para cada uma delas. Perguntei para ela o que ela gostaria de comprar no futuro, com suas economias: um tênis, determinou ela. Ao longo dos meses, notei que a clareza do que ela queria comprar a ajudava em muito no processo de economizar, de forma tal que até mesmo uma parte do dinheiro destinado aos gastos ela separava para que alcançasse mais rapidamente a quantia necessária para a compra do tênis. Quando economizamos, precisamos saber não apenas porque, mas também para que o estamos fazendo.
Para vencermos a indisciplina, uma dica é separarmos a quantia a economizar antes de começarmos a gastar. Isto pode ser feito através de um débito programado para reservas em sua conta corrente tão logo você receba o pagamento. Por último, faça um esforço para fugir do crédito fácil. Na minha experiência, os resultados são quase sempre penosos para quem toma emprestado. Além do mais, se você economizar de forma diligente, não necessitará contar com recursos de terceiros.
ConcluindoO sistema de crédito vigente contribuiu sensivelmente para tornar o economizar o elo perdido na construção de uma base sólida para a administração do dinheiro.
José nos deixou um exemplo de que economizar é uma diretriz segura para suprir necessidades futuras sem termos que contar com poupança de terceiros, pois tempos de abundância e escassez são fenômenos comuns nas finanças pessoais e corporativas.
Alvos claros e disciplina são fatores fundamentais no processo de formação de reservas, por isso estabeleça os alvos que necessita alcançar e empenhe-se no dia a dia para torná-los uma realidade, pois como declarou o escritor de Provérbios: “O homem de bom senso economiza e tem sempre bastante comida e dinheiro em sua casa; o tolo gasta todo o seu dinheiro assim que o recebe.” (Pv 21.20 - BV)
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Afinal de contas - o que é o sucesso financeiro?

Afinal de contas - o que é o sucesso financeiro?
Por Paulo de Tarso
Eu havia sido marcado um encontro com um amigo em uma organização e aguardava na recepção. Quando ele chegou, nos cumprimentamos e ele me apresentou a uma pessoa dizendo que eu dava palestras de educação financeira. Então aquela pessoa a quem eu estava sendo apresentado brincou comigo dizendo que queria saber o meu saldo bancário para ter certeza de que a coisa realmente “funcionava”. Após aquele encontro, eu fiquei refletindo mais uma vez sobre aquela colocação e sobre a relação entre sucesso financeiro e saldo bancário.

Uma concepção antiga
Sinto-me seguro em afirmar que, em geral, quando dizemos que uma pessoa é financeiramente bem sucedida significa que ela possui muitos bens, uma conta polpuda, vários tipos de investimentos e tudo o mais. Ou seja, o sucesso financeiro está diretamente ligado ao montante dos chamados ativos financeiros. Mas aí vem a seguinte questão. E as pessoas mais simples, sejam assalariadas ou não, será que elas não poderiam ser contadas como pessoas financeiramente bem sucedidas? Será mesmo que o sucesso financeiro está reservado para um pequeno percentual de pessoas cujos ativos atingiram um patamar de destaque em relação aos pobres mortais?
Uma visão mais ampla
Quando imaginamos o sucesso financeiro apenas sob o aspecto de acumulo de ativos estamos num terreno escorregadio. Primeiro porque o sucesso precisa contemplar outras áreas da vida, principalmente àquelas ligadas aos relacionamentos. Lembro-me de uma pesquisa divulgada na revista Época em que 84% dos executivos se diziam infelizes com o seu trabalho. Ou seja, embora ganhem bem, há outras áreas que estão sendo negligenciadas, principalmente àquelas relacionadas ao relacionamento familiar. Ou seja, o sucesso, num sentido mais amplo, é alcançado quando conseguimos entender o nosso papel para nossa breve existência aqui neste mundo e damos os passos necessários para implementar este plano.

Como o dinheiro entra nessa história?
Bom, o dinheiro cumpre um papel coadjuvante, vamos dizer assim. Ele não é o ator principal, mas colabora de alguma forma dando o suporte necessário para a implantação do plano sobre o qual falamos acima. Você já notou que grande parte dos homens e mulheres que marcaram a história mundial não foram pessoas de posses? Este fato nos dá uma noção mais profunda de que o sucesso não guarda uma relação estrita com a quantidade de dinheiro que alguém possui. Às vezes pode ser justamente o contrário. Muito dinheiro pode nos tirar do foco e fazer ruir o plano principal que queríamos alcançar.
Então, o que é o sucesso financeiro?
Entendemos que o sucesso financeiro se dá em termos de uma administração pautada em princípios que devem ser colocados em prática, independentemente da quantidade de dinheiro que conseguimos ganhar. Por exemplo, se uma pessoa tem muito dinheiro mas se esquece dos outros e olha só para suas necessidades e desejos, ela não está sendo financeiramente bem sucedida por que está relegando um princípio fundamental da administração do dinheiro, que é a generosidade. Lembro-me de que Jesus chamou de insensato uma pessoa assim (leia o relato de Lucas sobre o caso – Lucas 12.13-21). Houve, no entanto, uma viúva pobre que exerceu a generosidade mesmo possuindo muito pouco (Leia Lucas 21.1-4). O que isto que dizer? Significa que o sucesso financeiro ocorre quando estamos exercendo os princípios norteadores da boa gestão do dinheiro tais como trabalhar com excelência, poupar e investir, ser generoso, ser cauteloso no endividamento, gastar com sabedoria, entre outros. Eu acho que está é a boa notícia, a de que, independentemente do quanto ganhamos, podemos ser pessoas financeiramente bem sucedidas se colocarmos em prática estes princípios e estivermos focados em realizar o plano que nos foi proposto. Ou seja, a quantidade de posses é importante na equação do sucesso financeiro, mas há outras variáveis que necessitam ser igualmente desvendadas.
Sucesso!
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